Rockabilly nas Telonas

O cinema está presente na vida de muitas pessoas, desde 28 de dezembro de 1895 quando foi lançado o primeiro filme, entretendo a todos, seja contando um fato real ou criando mundos e lugares com muita fantasia e histórias engraçadas. Todo mundo, pelo menos uma vez na vida já assistiu algum filme entre diversos gêneros. Esse tipo de mídia é um dos preferidos diante da sociedade, te deixa sempre envolvido com o que está sendo transmitido e sempre vem acompanhado de pipoca. Então pegue a sua pipoca, e curta o post de hoje. 

Cry Baby (1990)

É um clássico Rockabilly, a história se passa em 1954 em Baltimore, Estados Unidos. "Cry Baby" Walker se apaixona pela Allison Vernon-Williams uma jovem rica considerada "careta". O filme garante aventura, diversão e muita rebeldia.

Rebel Without a Case (Juventude Transviada) -  (1955)

Este filme é considerado a obra-prima do cinema, com o astro James Dean que é apontado até hoje como referência em rebeldia e juventude. Jim Stark é um jovem rebelde que se muda para Los Angeles com os pais e conhece Judy e Platão, um trio problemático. O filme retrata problemas familiares, delinquência e homossexualidade.

Walk the Line (Johnny e June) - (2005)

Este filme conta a história do cantor Johnny Cash, que junto com Elvis Presley, Jerry Lee e Carl Perkins fizeram muito sucesso com o Rockabilly. Da infância conturbada até o sucesso e seus problemas com drogas, e do seu grande amor com June Carter.

Great Ball of Fire (A Fera do Rock) - 1989

Jerry Lee Lewis é uma figura muito importante do Rockabilly. O filme conta a história da vida do cantor, compositor e pianista. Ele enfrentou diversos conflitos por conta de sua arrogância, sempre muito polêmico, enfrentou muitos problemas com gravadoras, escândalos e drogas.

Wild One (O Selvagem) - (1953)

Estrelando Marlon Brando. No auge de sua fama, levou muitas garotas aos cinemas e ao delírio! Johnny é líder de uma gangue de motociclistas que invadem uma pequena cidade na hora de uma corrida de motos. O filme detalha bem o estilo e o comportamento Rockabilly.

E por último...

Grease- Nos Tempos da Brilhantina: (1978)

Um dos clássicos, e principais, filmes Rockabillys é contagiante e colorido. Uma trama animada que traz conflitos de adolescentes e muita música. Este filme retrata a história de um jovem casal, que se conheceram no verão, se apaixonaram e depois tiveram que ir embora. Ao longo da história, com Sandy (Olivia Newton- John) e Danny (John Travolta), reencontram-se na escola e desde aquele momento, tentam ficar juntos, ultrapassando ciúmes, orgulho e opiniões de amigos. Músicas marcantes e danças são características deste filme. 

Claro que a lista está reduzida, aqui colocamos uns dos mais famosos e conhecidos. Alguns filmes retratam mais a música, outros o comportamento e o estilo, mas nunca perdendo a verdadeira essência Rockabilly.

As imagens não pertencem aos autores do blog.

O Verdadeiro Estilo de um Rocker

No Final dos anos 40, quando o Rockabilly surgiu, a música foi uns dos componentes do estilo. Quebrando barreiras e se tornando um novo modo de vida.

A moda Rockabilly era algo bem marcante na época, o modo rebelde de agir e de se vestir, tomou conta dos jovens que estavam pouco se importando com a sociedade e que queriam revolucionar, usando uma jaqueta de couro, cigarro na boca e cantando um Rock and Roll.

Os Homens sempre com aquele ar de bad boy se inspiravam nos astros  Bill Halley, Elvis Presley, Chuck Berry e Jerry Lee Lewis. Eles eram básicos, mas eram bem marcantes, pois toda garota do estilo sonhava com o seu Rockabilly.

As calças jeans sempre justas, e às vezes com o as barras dobradas para cima, meias brancas, suspensórios, jaquetas de couro, camisas xadrez, cintos com fivelas grandes e os famosos topetes impecáveis, eram a marca registrada de um Rockabilly. Alguns optam por ter tatuagens também, ao qual o Old School é a preferência pela maioria.

Assim fechava o estilo rebelde de ser de um Rockabilly, simples, mas bem marcantes.

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Ideologia Rockabilly

O Rockabilly tem ênfase, principalmente, na rebeldia e no estilo alternativo de viver, no qual não existem regras e o normal é ser diferente. Há muita curtição, música, bares, bebidas (e até certa apologia sexual) assim, também, como carros e motos retrôs que chamam atenção dos jovens de ontem e de hoje, e que se torna um sonho de consumo.

Não existe uma única crença religiosa entre eles. Nesse contexto são totalmente abertos e sem preconceitos, pois cada um segue sua própria fé do modo que lhe convém. Porém, o que eles realmente idolatram são suas músicas; vista por eles como a única verdade, e é onde encontram o que é preciso para ouvir, agir e se expressar. Pode até conter algum palavreado brusco ou grosseiro, porém tais músicas são como um conselho para eles. O Rockabilly surgiu com a mistura do Hillbilly com o Rock and Roll, em meados de 1950.

                                                         Stray Cats - Rock This Town

Diferente das letras que ouvem, os Rockabillys se comunicam de um modo normal, com algumas gírias entre eles, como: “Bambolês” com o significado de alguém que finge ser alguma coisa. Porém, não são um estilo que usam muitas expressões e apelidos caracterizados entre eles.

Um dos termos mais comuns dentro deste gênero, principalmente em seus primórdios, são os nomes Billy e Betty, designados pelo Hillbilly, onde seus seguidores nomeiam-se assim.

Seu estilo de moda é fortemente caracterizado por topetes e penteados (com ou sem lenços enfeitando os mesmos), jaquetas de couro, calças rasgadas e dobradas, saias e vestidos semi curtos, camisas e camisetas com a manga dobrada. Nos homens o estilo é bem básico, já as mulheres tem o estilo inspirado em Pin-Up, que é algo mais “old-school”, assim como suas tatuagens que são inspiradas nesse estilo vintage. Os sapatos são bem diversificados, como: tênis, botas, sapatos de salto alto, médio e sapatilhas, tudo dependerá do gosto de cada um.

Esse estilo atrai muitos jovens pela sua característica rebelde e de grande autonomia e liberdade de ser e agir. Isso gera o interesse do jovem, gerando uma sensação de querer parecer igual aos seus “ídolos”, querendo repetir as maneiras deles e até as atitudes. Apesar de muitas coisas que os Rockabillys fazem e os jovens não podem repetir, eles tentam chegar ao possível para parecer-se com aquele grupo social. Isso influencia, principalmente, no modo de vestir-se, pois estando daquele jeito sentem-se mais vaidosos e atraentes. As letras musicais e as imagens desse estilo despertam, para eles, sonhos de consumos dos mais variados objetos para, assim, adquirirem status e espaço em seu “meio”. 

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Rockabilly na Sociedade

No início dos anos 50, principalmente nos Estados Unidos, o Rhythm and Blues já contagiava a sociedade. Eis que em Memphis (Tennessee), Elvis Aaron Presley, com seus 19 anos de idade, entra em um estúdio para gravar,  de forma experimental, uma versão da música de Arthur Crudup “That’s All Right, Mama”, incluindo o ritmo e elementos do estilo country, conhecido nas décadas de 40 e 50 como Hillbilly. Com a aprovação da produtora nasceu, então, o estilo Rockabilly que, em contexto musical, nada mais é que a junção de Rock and Roll com o Hillbilly. 

No Brasil, mais precisamente, em 1980 houve uma grande volta e “estouro” deste estilo, depois que a banda Stray Cats fez seu primeiro show em São Paulo. A partir daí, formaram-se os primeiros grupos de rockers brasileiros como: Os Rebeldes, The Dogs, Aero Rockers, Ted Netuno, Ratz e muitos outros, que grande parte se concentrava na capital paulista e na região do ABC. Porém, muitos se inspiravam em Elvis Presley e na banda Stray Cats. 

Foi a partir do Rockabilly que surgiu as chamadas “gangs” e que, também, desencadeou mais gêneros musicais, como: Psychobilly  e o Punk Rock.  Dentro do coração de quem curte este estilo, com certeza está a adoração pela qualidade das coisas/objetos e seus designes. 

Pelo seu visual rebelde e descolado, muitos ainda pensam que os Rockabillys exercem sempre o mesmo papel na sociedade. Mas , ao contrário disso, este estilo é algo alternativo onde não tem restrição em nada. Simplesmente: “seja o que você quiser ser, vá aonde você quer ir”. Ou seja, é possível encontrar engenheiros, médicos, cirurgiões, professores e até tatuadores neste modo de viver. E, principalmente, por isso a cultura agrada uma boa parte da sociedade, por não sentir-se “excluídos”  dentro deste meio por causa de seus papeis exercidos. 

Muitos dos jovens de hoje aprenderam a gostar desse estilo por meio “de geração à geração”, ou seja: foram influenciados pelo gosto dos seus pais ou avós. E a parte mais interessante sobre eles é que, entre tais, não existe distinção “porque eles são jovens e nós velhos”. Entre eles há uma comunidade onde o que fazem se aproximarem são as afinidades por determinados assuntos, ou até mesmo, por ambos gostarem de cervejas. Em botecos, bares, restaurantes ou em casa, esse grupo social se considera uma família onde um sempre está, se lhes convém, aonde o outro se encontra, compartilhando risadas, assuntos de seus interesses e, sempre, uma boa música.

Outra curiosidade, no Brasil, atualmente a cidade que predomina o estilo Rockabilly não é mais São Paulo e, sim, Curitiba. Muitas bandas de São Paulo fazem seus maiores shows nesta cidade. Afinal, ela concentra-se muitos grupos atuais deste gênero.

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O que é o Rockabilly

Em meados da década de 1950 surgia, nos Estados Unidos, o gênero da rebeldia: Rockabilly. A grande influência do Hillbilly (música caipira americana) e do Rock And Roll fez nascer esse estilo de vida que até hoje encanta a todas as idades. Sua agressividade e ritmo foram fundamentais para a expansão pelo mundo, inclusive no Brasil, onde os grandes fatores influenciados foram o “ganguismo”, atitude e violência; leis da cena Rockabilly. A música, então, é algo único, sem imitações e comparações. Ela deu origem a grandes nomes e bandas, entre eles: Elvis Presley, Johnny Cash, Hank Willians e Stray Cats, que com uma simplicidade arrogante, estouraram no ramo musical. Com o passar dos anos, o gênero se desenvolveu, desencadeou e revelou o Psychobilly, o Punk, os Skinheads e muito mais.

Outra peça fundamental no Rockabilly são os carros e motos, que foram incomparáveis e extremamente personalizados, que trazem consigo a marca e a fúria de quem curte este estilo. Existe também a moda, as tatuagens, o estilo de vida e a dança que foram objetos marcantes para o gênero.

É muito comum e clichê ouvir que o Rockabilly é um gênero voltado à violência e agressividade, que são pessoas que vivem de praias, mulheres, bebidas e automóveis. Mas, ao contrário do que julgam, é uma cultura própria, de pessoas que têm uma forma mais grosseira de se expressarem, um jeito insano de viver traçados por rebeldia, curtição, “bate cabeças” e danças. Com essas atitudes foi criado o Rockabilly das antigas, os Tedboys na Grã-Betanha, os gêneros mestiços no Brasil e a clássica e, sensacional, versão americana que tornou o Rockabilly como old-school, com seus 65 anos, mas que continua novo e da atualidade! Suas características marcantes continuam na cultura jovem de hoje, visto como herança dos jovens de antigamente!

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Red Cats

Quem são os Red Cats?
Alunos do 2º semestre de Comunicação Social , da Universidade Municipal de São Caetano do Sul, estão realizando um projeto voltado à cultura jovem, no qual vão chamar e apresentar ao público sobre o Rockabilly!

Quais são os objetivos dos Red Cats?

É atrair o público Rockabilly das antigas, da juventude e de outros estilos, para relembrar, curtir, vivenciar e conhecê-lo nos dias atuais.

Mas afinal, por que Rockabilly?

O Rockabilly, como muitos pensam, vai além de música, rebeldia e moda. É um estilo de vida que permanece vivo, diante da sociedade, desde a década de 50.

A imagem é de autoria dos autores do blog.