27 outubro, 2015

Rockabilly Em Qualquer Situação

Deixe-me em paz! 

 O preconceito existe com qualquer cultura, com o Rockabilly não é diferente. Voltando para os primórdios, quando o estilo começou surgir, observa-se que os jovens da época eram os que se identificavam com as características de um Billy, simplesmente pelo fato da música ser agressiva e inovadora, fugindo dos padrões atuais até aquele momento. 

 Como os jovens seguiam aquela cultura com vontade, os pais eram os primeiros a reprová-los, mas por quê? Começava com a desobediência, a opinião própria sobre os mais variados assuntos não eram bem vistas pelos pais, logo aparecia a revolta, penteados de cabelos diferentes, roupas sujas, rasgadas e estranhas na sociedade, as bebidas presentes na vida daqueles jovens, entre outros motivos. Isso era suficiente para que o Rockabilly fosse tão mal visto na sociedade. 

 Mas o Rockabilly não irritou apenas os pais, a comunidade religiosa reprovava com louvor, pois a música rápida, dançante, alegre e cheia de calor, fazia com que os líderes religiosos vissem aquilo como uma afronta a Deus, pois o único lugar ao qual você devia se sentir feliz era dentro das igrejas, falando as palavras da Bíblia. Pronto, o bullying já começou nesse momento, a rejeição era evidente, os Billys não eram aceitos entre os religiosos. Um triste caso de preconceito. A música também praticava o bullying. Quando o Rockabilly surgiu, a música americana era parada, sentimental, sem harmonia, sem alegria, a melancolia exagerada começou a ficar irritante para alguns, e foram esses indivíduos que resolveram arriscar em algo novo e diferente. 
A música passou a ser rápida, com letras apaixonantes, que levavam a autoestima das pessoas em um nível enlouquecedor, isso levou os artistas da época a não gostarem do Rockabilly, criando uma briga entre ambos. Até que um senhor, chamado Elvis Presley, teve de servir o exército americano e aquela música agitada teve uma caída por um tempo. Isso acabou com a chegada do Rock no Reino Unido, bandas como The Rolling Stones e The Beatles trouxeram de volta aquela alegria para a música em solo britânico e americano, logo mundial. Logo quando o Duke Elvis saiu do exército e voltou para a música, voltou junto com ele aquela felicidade musical, tirando os artistas “lentos”, por assim dizer, de cena. 

 Com o passar dos anos o bullying feito com os Billys foi sumindo, pois a imagem ganhou admiração, aceitação e se expandiu pelo mundo, tornando-o uma das culturas mais bem sucedidas e mais influentes no mundo. Porém, hoje voltou a existir um preconceito em relação a quem curte, frases como “deixa de ser brega”, “se atualiza”, “aquele cara é cinquentão”, “que cabelo fora de moda”, “pra que essa costeleta?”, entre outros. Essas frases acabam gerando um sentimento de rejeição e tristeza em quem segue o gênero no século XXI, principalmente os jovens. Ou seja, o bullying está presente, também, no Rockabilly.

 



O Casal

Tirando o fato da vestimenta dos dois ser o ponto mais diferente em um casal Billy, a diferença não é abundante. Os gostos geralmente são os mesmos, tanto pelas músicas, danças, carros, motos, tatuagens, até pela decoração de uma casa Rocker. 

 O comportamento deles já é distinto, o homem se sente na obrigação de agradar a mulher, ser o Elvis da vida dela, fazê-la se sentir única. A mulher procura ter mais atitude, mostrar que pode tomar as decisões entre os dois, algo que geralmente acontece, a mulher e sua persuasão sempre andam de mãos dadas.

 


Os Encontros

Quando temos um encontro entre Rockabillys, se prepare, a bagunça não tem hora para acabar. Uma coisa que não vai faltar é a dança, que já é tradicional em qualquer lugar no mundo, vários casais dançando os mesmos passos juntos, em um salão ou um show, se tiver uma banda então, aí temos uma grande festa. Bebidas, harmonia, união, algumas brigas podem acontecer, mas isso é mais do que característico no Rockabilly. 

Os encontros costumam ser em bares personalizados a moda dos anos 1950, com o piso quadriculado, quadros de artistas nas paredes, instrumentos antigos, o máximo possível de acessórios vinculados ao estilo. Encontros de carros e motos antigas são outros eventos em que se reúnem muitos Rockers, alguns levam suas belezas de quatro ou duas rodas, às vezes três também, para mostrar a todos que comparecem ao evento. Isto é ótimo, pois o número de seguidores aumenta gradativamente.

 



Bora bater um papo?

No Brasil, muito se confunde da maneira de falar de um Rockabilly com as gírias que existiam na Jovem Guarda, normal, quem não segue o gênero vai pensar que “broto” e “supimpa” são gírias Rockabillys, mas não são. Eram gírias que qualquer pessoa, independente de seu grupo social, utilizava naquela época , hoje já não vemos o rapaz conversando com sua namorada e falar: ”você está um broto hoje.” 

No Rockabilly não existe expressões definidas, a maneira de se comunicar é normal e se atualiza junto com o passar do tempo. 

                                           As imagens não pertencem aos autores do blog.

26 outubro, 2015

A Fúria do Rockabilly Sob Duas Rodas

Existem várias subculturas dentro do Rockabilly, e uma turma que eu não posso deixar de falar são os Rockers que tiveram início, no Reino Unido, nos anos 60, entre os adolescentes motociclistas.


Houve uma mudança entre os motoqueiros pré e pós Rockers. Sempre foram diferentes dos Greasers (os que curtiam carros), entretanto, nos anos 60, eram muito confundidos com os Greasers e freqüentemente estavam envolvidos em brigas com os Mods (modernistas), o resultado disso sempre era negativo para ambas as partes, resultando, frequentemente, em prisões que, às vezes, poderiam levar à morte. As brigas ocorriam onde as duas subculturas “dividiam” território ou quando as facções rivais se encontravam ou “planejavam”, coincidentemente, as mesmas coisas.


Os rockers eram mais parecidos com os “bikers”, eram o oposto frontal daquilo que era cultuado pelos modernos da época; adoravam jaquetas de couro preto com broches e correntes, ostentavam seus topetes, se devotavam ao rock “50’s”, Rock and Roll de artistas americanos, em sua maioria brancos, como Johnny Cash, Elvis, Eddie Cochran e Gene Vincente, e seguiam o espírito de liberdade do motoqueiro norte-americano, desprezando as benesses do trabalho duro.
Suas motos eram revestidas de couro pesado e decoradas com parafusos de metal, remendos, emblemas, na maioria das vezes do modelo Harley Davidson.


Geralmente usavam um capacete clássico, óculos de proteção de aviador e um lenço de seda branco.


Os rockers viviam em busca de liberdade, era esse o intuito de vida deles. Eles buscavam essa tal liberdade através das viagens pelas estradas, e uma estrada bem conhecida, é a histórica "rota 66".


Uma estrada movida por muitos ideais, como liberdade, migração ocidental, a solidão e o sofrimento do coração americano.
Os rockers saiam com suas motos Harley Davidson, aventuravam-se pelas estradas em busca das praias do Pacífico, deixando de lado os costumes conservadores da costa leste dos Estados Unidos, à procura da ensolarada e liberal Califórnia.


A história do rock se deve muito aos rockers. Bandas foram criadas a partir do movimento dos motoqueiros.
Steppenwolf, Motorhead e AC/DC são ótimos exemplos. Bandas que até os dias de hoje fazem sucesso


A cultura motociclista do Rocker acabou colocando as motos como símbolo de agressividade do Rock And Roll.

O que seria do Rock sem esses rebeldes sob duas rodas?

As imagens não pertencem aos autores do blog.

23 outubro, 2015

O Psychobilly

O Rockabilly foi, e ainda é, um dos gêneros musicais mais adorados, seguidos e ouvidos no mundo. Com o seu auge, na década de 1960, o estilo ganhou diversos seguidores de todas as partes do planeta porque estava na moda ou porque foram atraídos pelo seu estilo inovador e rebelde, ao quais os jovens se identificavam.
Com a expansão do Rockabilly, este estilo desencadeou novas subculturas, um deles foi o Psychobilly, elevando o nível de popularidade e admiração do gênero que revelou astros como Johnny Cash e Elvis Presley.


Uma mistura entre o Rockabilly dos anos 1950 e o Punk do final da década de 1970, de forma bem cômica, foi definido pelas referências a filmes de terror, ao sexo lúgubre e a violência.
 A palavra “Psychobilly”, utilizada a primeira vez na música “One Piece At Time” de Johnny Cash, começou a ser usada alguns anos depois, para definir o gênero que surgiria como “Psychobilly” e “Voodoo Rockabilly” pelo The Cramps, sucesso na cena Rockabilly, junto com Stray Cats, Screamin’ Jay Hawkins e Motorhead (isso mesmo, uma das maiores bandas de Heavy Metal da história, que até hoje faz sucesso). Porém, dentre essas beldades da música, o The Cramps se recusa a dizer que faz parte do Psychobilly.
Meteors, a primeira banda Psychobilly, surgiu na cidade de Londres em 1980. Eles foram criadores do pensamento apolítico presente nessa subcultura, ou seja, seus shows eram zonas “não-politizadas” para evitar brigas entre os fãs, algo que acontecia, com muitas ocorrências, no cenário Punk. Devido a isso, nenhuma música Psychobilly fala sobre política, tais costumam ter refências em "tabus" e gêneros de "horror".


Hoje o Psychobilly está muito presente na Europa, principalmente em países como Espanha, Alemanha e Itália, em alguns lugares da Ásia e dos Estados Unidos.
Nada como um penteado Psychobilly, chamado de “quiff”, juntos com as roupas do Punk, nisso encontramos diversas maneiras de o relacionarmos ao Rockabilly, cabelos tingidos, roupas rasgadas, jaquetas de couro surradas e para as mulheres, muita maquiagem. Mas a origem Rockabilly não fica distante, as estampas de desenhos de animais é um grande exemplo disso.
O Psychobilly se tornou um subgênero do Rockabilly com a música de Johnny Cash, as roupas surradas, a questão de ter a violência como referência, mas não criar brigas entre os fãs por motivos políticos e continuar a dar continuidade ao Rockabilly, tornando o gênero presente no ramo musical, artísticos e cultural até nos dias atuais, assim trazendo mais jovens para dentro desta tribo.



As imagens não pertencem aos autores do blog.

04 outubro, 2015

Vamos Sair?

Uma coisa que é certa, quando se fala em Rockabilly, são as festas e a diversão que este estilo contagiante atribui. Muitos pensam que este estilo acabou e que não existem mais festas personalizadas sobre tal e que só irão poder curtir as músicas dentro de suas casas. Mas, estão enganados! Este ritmo, principalmente em São Paulo, possuí ainda muitos bares, festas, baladas e até lanchonetes que são caracterizadas para agradar ao público. Quando o assunto é sobre este estilo, não pode deixar de dizer que ele está sempre cercado de bebidas, rock e pessoas bem vestidas. No sábado, dia 03 de Outubro de 2015, a equipe Red Cats compareceu ao evento Titty Party e fizeram a cobertura para poderem passar para vocês. O evento foi localizado no Bar Retro Old is Cool, no centro de Santo André, e durou até as 4h00 da manhã, com muita música Rockabilly, designer excelente , muitos passos de danças e pessoas vestidas “à caráter”.




Agora, se você não gosta de ir em bares e festas, é do tipo “caseiro” que prefere sair para comer, do que para dançar, também tem uma opção muito divertida e satisfatória. O restaurante Johnny Rockets é uma lanchonete localizada em diversos shoppings, com o designer e estilo retrô, que sempre está tocando músicas Rockabillys e que os próprios funcionários fazem os passos de dança deste gênero. Lá você pode escolher em sua mesa a música que deseja ouvir e sempre irá ser bem recebido em sua “entrada” ao estabelecimento. Porções generosas de lanches, refrigerantes, shakes, cerveja e batatas, também, são algo caracterizado do local.




Bom, fora esses dois estabelecimentos, há uma grande variedade de locais para se divertir em ritmo Rockabilly, basta estar disposto a pesquisar, ir e curtir o rock correndo em sua veia.

Todas as imagens são de autoria dos autores do blog.